Faculdade Teológica e Apologética Dr.Walter Martin
Curso Básico de Teologia.
Resenha do Livro Hermenêutica Contemporânea à luz da Igreja Primitiva.
I A Obra : Hermenêutica Contemporânea à luz da Igreja Primitiva.
II Credenciais dos Autores:
David S. Dockery é Ph.D. Pela Universidade do Texas-Arlington. É diretor e professor de estudos cristãos na Union University em Jacksonville,Tennessee, e professor no The Southern Batist Theological Seminary (EUA). É autor de mais de 30 livros na área de teologia e interpretação biblica. É casado com a Senhora Lanese, e têm 3 filhos.
III Editora : Vida do Grupo Zondervan Harper Collins
Editora Filiada a Camara Brasileira do Livro.
1° Edição de 1992 e pela Editora Vida em 2005
O Livro possui :285 Paginas
o livro é divido em blocos de assunto
IV Conclusão : Apresentando a Obra
A pesquisa qualitativa que o autor propõe para o conhecimento e enfatiza o caráter da Hermenêutica Contemporânea à luz da igreja primitiva. Neste sentido a pesquisa orientada é para a compreensão dos aspetos, que encontraram o verdadeiro entendimento da Bíblia no ensinamento dos apóstolos.
Avalia o pensamentos do “ Pais da Igreja” que no inicio do séculos I ao III surgiram com defesas apologética do Velho Testamento e Novo Testamento.
V RESUMO DOS CAPÍTULOS
Título I: Século I : O inicio das hermenêuticas cristãs.
Nesse capítulo o autor apresenta, com detalhes, que Jesus e os apóstolos empregaram ao interpretar o Antigo Testamento.
O autor apresenta, que Jesus se tornou-se a fonte direta e fundamental para o entendimento do Antigo Testamento pela Igreja. Dessa forma, por meio do padrão que Jesus estabeleceu e que sua elevada autoridade expressou por meio do Espirito, ele serviu como a fonte continua da abordagem hermenêutica das Escrituras para a igreja primitiva.
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Título II: Século II : Da hermenêutica funcional à autorizada.
Nesse capítulo o autor apresenta , os pais apostólicos, e heresiólogos.
O autor apresenta que no século II, os pais apostólicos, apologistas e heresiólogos encontraram o verdadeiro entendimento da Bíblia no ensinamento dos apóstolos.
Mas o surgimento do gnosticismo e de outras contestações à ortodoxia prevalente fizeram com que a exegese Funcional dos pais apostólicos recebesse outros desenvolvimentos hermenêuticos.
Como a exegese funcional resultou tanto na possibilidade de confusão e ambiguidade hermenêuticas como nas questões relacionadas à unidade da Escritura e de sua mensagem, é preciso encontrar uma resposta autorizada que lide com tais problemas. O Século II viu o surgimento de um cânon normativo, um bispo autorizado e uma regra de fé aceita.
Começando por Inácio e progredindo com Justino, Irineu e Tertuliano, desenvolveu-se a alegação de que, se alguém quisesse saber a verdadeiro significado da Escritura, deveria interpretar os textos sob orientação autorizada da regra de fé e dos bispos ou presbíteros da igreja. Todas as outras interpretações eram vistas como alienadas da verdade e inaceitáveis na igreja.
Título III: A escola alexandrina hermenêutica alegórica.
Nesse capítulo o autor apresenta, diversos autores cristão dos séculos II e III e o surgimento da escola Alexandria.
O autor mostra que a exegese bíblica em Clemente e Orígenes, ao adaptar a interpretação alegórica de Fílon e o modelo filosófico do platonismo ultrapassou a postura defensiva de Irineu e Tertuliano. O autor afirma que Clemente iniciou o método alegórico, mas Orígenes foi, de fato, o principal exegeta desse período. Orígenes,seguindo a constituição tripla dos seres humanos, criou uma metodologia hermenêutica em três etapas. Ainda sim, ele praticava uma abordagem que contemplava duas etapas: O sentidos literal e o espiritual . O sentido literal serviu a uma finalidade apologética, contra o agnósticos e outros contestadores da ortodoxia prevalente, mas, primordialmente, serviu a um aproposito pastoral para amadurecer a alma.
Titulo IV : A escola Antioquena: Hermenêuticas lítero – histórica e tipológica.
Nesse capítulo o autor apresenta, a característica da Escola Antioquia .
Os antioquinos rejeitavam a interpretação alegórica dos alexandrinos .
O autor apresenta na narração que ao longo do desenvolvimento que vai de Teófilo a Crisóstomo, a exegese literal e histórica dos antioquenos era refinada.Da mesma forma que os alexandrinos, os pais antioquenos levaram para o texto algumas tradições e pressupostos filosóficos.
Observamos que na exegese das cartas paulinas, tanto os antioquenos quanto os alexandrinos geralmente interpretavam o apóstolo literal e contextual mente, buscando entender a idéia que ele pretendia transmitir. As diferenças baseavam-se principalmente no escopo da revelação.
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Portanto afirma o autor que a alegoria alexandrina conduzia a alma para um domínio de conhecimento verdadeiro no qual a visão da verdade poderia ser descoberta. A teoria antioquena conduzia os seres humanos para uma vida verdadeiramente moral dessenvolvida em vertude e maturidade e que continuaria pela eternidade,
Devido a controvérsia nestoriana, desenvolveu se uma ênfase maior sobre a interpretação teológica. Com Jerônimo e Agostinho, no ocidente e Teodoro de Ciro , no oriente, desenvolveu-se uma pratica hermenêutica eclética que as vezes enfatizava o literal e as vezes o alegórico, mas sempre o teológico. Mesmo assim, a tradição antioquena nunca desapareceu por completo.
Titulo V: Para uma hermenêutica canônica e católica.
Neste capitulo o autor observou que as preocupações Teológicas que dominarão a controvérsias cristológicas do séculoV influenciaram fortemente as abordagens hermenêuticas desse período.
O autor comenta que as praticas de três interpretes diferentes dessa época, mas descobrimos uma convergência comum em direção à síntese teológica e hermenêutica. Jerônimo, o grande tradutor, (bíblia do hebraico para o latim ) chamada vulgata , e Agostinho, o teólogo excelente e Teodoro, o pastor-modelo,cada um demonstrou suas preocupações para comunicar o significado canônico da escritura.Queremos dizer com isso que um texto não deveria ser interpretado afastado de seu contexto mas amplo, ou seja,de todo Canon bíblico. O que pode ser visto afirma o autor, é que nem as praticas alegóricas de Alexandria, nem as ênfases históricas de Antioquia dominaram. Uma hermenêutica equilibrada e multifacetada emergiu, influenciando as praticas hermenêuticas da idade Media e também dos períodos posteriores à reforma.
Titulo VI : Interpretação Bíblica ontem e hoje. .
Nesse capítulo Final, o autor apresenta a teoria hermenêutica contemporânea e na diversidade de modelos hermenêuticos.
Vemos que uma síntese de modelos orientados para o “autor”, para o “leitor” e para o “texto” pode convergir para uma síntese canônica, que não difere da abordagem de Agostinho e Teodoro no século V.
Dessa forma, a igreja primitiva serve como uma janela que nos permite entrever as preocupações dos teóricos e praticantes da hermenêutica contemporânea.
X - METODOLOGIA
O autor demonstra em seu livro, a utilização da metodologia e habilidade , o que se percebe uma ferramenta indispensável na compreensão de como a igreja vem interpretando as escrituras. É notória a preocupação em situar os fatos historicamente, o que, a nosso ver, serve de suporte para a apresentação dialética de sua proposta.
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XI PRINCIPAIS AUTORES CITADOS NA OBRA
O autor referencia a varias obras. A seguir alguns dos autores citados no livro.
Abraham , William J. Intentions and logic. Of interpretation
Achtemeier, Elizabeth. Typology.
Adler Mortimer J. How to Read a Book.New York
XIII - CRÍTICA DO RESENHISTA
Após discorrer historicamente como esses seis capítulos, ao longo do tempo, o
autor apresenta contribuições pessoais significativas, o que demonstra sua segurança e
domínio em relação a historia e a hermenêutica contemporânea .
Convicto que as preocupações hermenêuticas modenas podem ser entendidas
e resolvidas à luz da historia da interpretação. O livro é claro, didático, direto.
.
XIV - INDICAÇÕES E RECOMENDAÇÕES
Este livro foi escrito para oferecer uma visão geral aos estudantes de teología
e ao grande publico de como as preocupações hermenéuticas modernas podem ser
mais bem entendidas e resolvidas com ajuda do conhecimento da historia da
interpretação.
Janio Muller Inthurn
Aluno do Curso Básico de Teologia.
Data:25/03/2012