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Cristianismo oriental
Cristianismo oriental

Cristianismo oriental

As causas da separação da igreja oriental da ocidental não foram repentinas, mas uma longa sucessão de fatores que culminaram no chamado “Grande Cisma”. Inconscientemente, o passo da separação havia sido dado quando Constantino transferiu a sede do Império de Roma para Constantinopla, em 330. Depois, veio Teodósio, em 395, com a separação do Império em duas partes com líderes eclesiásticos distintos. Uniram-se a isto algumas diferenças de caráter litúrgico e doutrinário, que há anos vinham incomodando as duas igrejas, como, por exemplo, o incidente no século II sobre a questão da páscoa e, depois, a eleição do patriarca Fócio e sua defesa quanto à questão do filioque, a qual o papa questionou severamente. Também não menos importante é a oposição política entre a Constantinopla e o “Império” de Carlos Magno.

 

Finalmente, a tão abalada comunhão entre as duas igrejas recebeu o selo do cisma em 1054, quando o Papa e o patriarca do oriente se excomungaram mutuamente por causa de uma disputa sobre a eucaristia. Desde então, surgiram duas igrejas: a ortodoxa grega (Oriental) e a Católica Romana (Ocidental).

O cristianismo oriental possui uma cosmovisão diferente do cristianismo ocidental. Enquanto a igreja do ocidente experimentou várias transformações, a igreja do oriente permaneceu estática, tanto na doutrina como na liturgia. A teologia ocidental era mais inclinada a assuntos práticos, já a teologia oriental tendia para soluções de assuntos teológicos em termos filosóficos. Haja vista que a maioria das controvérsias religiosas entre 325 e 451 surgiram no oriente. 

Enquanto a igreja no ocidente ficou livre do jugo do império, a do oriente ficou subordinada a este. Em 726, surge a controvérsia iconoclasta, levantada por Leão III, uma verdadeira cruzada contra o uso de imagens. A igreja ortodoxa se engajou também na obra missionária, levando o evangelho aos búlgaros e aos russos. Produziu vários teólogos capacitados, como, por exemplo, João Damasceno, apontado pelos estudiosos como o Tomás de Aquino do Oriente.

O choque com o islamismo, no século VII, e a perda de gente e de terras para os muçulmanos, junto com dois séculos de desavenças quanto ao uso de imagens, estagnaram o cristianismo no oriente.  

 

As cruzadas

As cruzadas foram expedições de caráter religioso, econômico, social e militar, que se formaram na Europa, entre os séculos XI e XIII, contra os heréticos medievais (valdenses e albigenses) e os muçulmanos. Embora não tenha sido um movimento exclusivamente religioso, as cruzadas tiveram o espírito de religiosidade da cristandade européia como fator preponderante de sua formação.

 

As causas

As causas das cruzadas estão ligadas diretamente ao fator religioso. Numa sociedade dominada pela manipulação religiosa por parte da igreja católica, as pessoas estavam presas a diversas superstições e crendices, uma delas era purificar a alma pelos atos de fé e penitências. Uma das penitências desejadas era fazer pelo menos uma peregrinação à Palestina. Mas isto ficou difícil quando os turcos seldjúcidas proibiram as peregrinações ao santo sepulcro. Foi então que, atendendo o apelo do papa Urbano II, no concílio de Clermont, organizou-se a primeira cruzada, para libertar a terra santa dos infiéis.

Além desses, podemos citar outros importantes fatores que motivaram as cruzadas:

  • Tentativa do papa de unir a igreja ocidental e a igreja oriental.
  • Tentativa dos nobres europeus de se apropriarem de terras no oriente.
  • Tentativa de conquista de novos mercados para as cidades italianas.
  • Tentativa de solucionar o problema da explosão demográfica européia.
  • Tentativa da igreja católica de expandir sua religião.

 

De 1095 a 1270, foram empreendidas, ao todo, oito cruzadas. Antes, porém, houve uma cruzada que serviu como prelúdio para as demais. Incentivados pela pregação de Pedro (o eremita) e de Walter (o-sem-dinheiro), como eram conhecidos, uma grande multidão de camponeses leigos e desorganizados marchou rumo a terra santa, para libertá-la, sendo massacrada pelos turcos.

A primeira cruzada de sucesso foi organizada pelos nobres (A cruzada dos nobres), que saíram, em 1097, e conquistaram Jerusalém, em 1099. No entanto, em 1187, a cidade santa voltou ao domínio muçulmano. Então, foram organizadas outras cruzadas, denominadas de as cruzadas “dos reis” e “comercial”, por terem sido idealizadas e financiadas pelos comerciantes e, posteriormente, pelos reis. A quarta cruzada conquistou a cidade de Constantinopla que, em 1261, foi destruída pelos gregos. Merece destaque aqui a “cruzada das crianças”, porque foi efetuada por crianças, sob o pretexto de que elas lograriam sucesso, por terem almas puras, ao contrário de seus pais. O resultado desta cruzada foi desastroso. As crianças que conseguiram sobreviver foram capturadas e vendidas como escravas no Egito.

Novas cruzadas foram organizadas, mas fracassaram no seu objetivo, uma vez que o movimento perdera seu caráter religioso e militar inicial.

Por fim, as cruzadas terminaram em 1291, com a queda da fortaleza de São João do Acre.

 

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Pastor Muller

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