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A homilética na comunicação
A homilética na comunicação

A homilética na comunicação

 

Estamos na era da globalização, na qual a comunicação vive seus melhores dias. Hoje, com o surgimento de escolas e faculdades voltadas para esse assunto, a comunicação tornou-se algo transparente e eficaz em nosso mundo moderno.

Antigamente, o sentido da comunicação era estudado em sua origem etimológica. Hoje, a comunicação atribui para si sentido próprio: há várias formas de se comunicar. A comunicação é a arte de persuadir as pessoas.   

A retórica e a oratória (ou seja, a homilética) são instrumentos da comunicação social. Alguns filósofos faziam críticas à retórica sofista, pois em qualquer processo de comunicação sempre vai haver um aspecto ideológico. Para que haja comunicação, não podem faltar três elementos básicos: emissor, mensagem e receptor. 

 

Emissor

O emissor é aquele que envia a mensagem ao receptor.

Para que haja comunicação, é necessário que a mensagem possua vários itens semelhantes, tanto para aquele que a envia quanto para aquele que a recebe.

 

Mensagem

A mensagem é uma programação mental, por meio da qual a idéia transmitida é traduzida por um código comum tanto pelo emissor quanto pelo receptor. É importante ressaltar que ao emissor cabe formar a mensagem e codificá-la, a ele fica a responsabilidade de escolher o veículo pelo qual a mensagem será transmitida.

Existem alguns fatores que prejudicam a recepção da mensagem. Essa interrupção se chama ruído, que pode ser causado por um desajuste do código ou por uma interferência no veículo.

O desajuste do código acontece primeiramente pelo contraste cultural. Por exemplo: um médico tem um repertório cultural que lhe possibilita a comunicação com pessoas com a mesma cultura. No entanto, seu repertório cultural prejudica sua comunicação com  pessoas de menos cultura que ele. Por outro lado, as pessoas mais simples possuem um repertório cultural de menor amplitude (falam gírias, usam chavões) que prejudica sua comunicação com o médico, pessoa com um grau de estudo maior.

O médico possui em seu repertório palavras técnicas e gírias da profissão que possibilita maior comunicação com pessoas da mesma área. Mas tudo isso é totalmente ineficaz para a comunicação com as pessoas que não tenham a mesma formação acadêmica.

Esses detalhes, na comunicação, são intitulados de ruídos que, basicamente, interrompem a mensagem. Ou seja, a impedem de ser captada pelo receptor.

Para que a comunicação seja perfeita, o emissor deve utilizar vários métodos como veículo, desde o áudio até o visual.

Trazendo isso para a nossa matéria, veremos que homilética é muito mais do que a arte de falar em público. Ela engloba o comunicador de forma geral: expressão corporal, entonação de voz e demais métodos. Visto que muitos templos hoje em dia são projetados com uma boa acústica local e visualização do púlpito, o pregador, por mais modesto que seja, deve lançar mão da expressão corporal, mas sempre evitando os exageros. Antes de qualquer coisa, o pregador deve conhecer a platéia para qual está pregando ou irá pregar. O público de hoje não se impressiona apenas com boas e sábias palavras, ele quer mais do orador.

O bom pregador ou comunicador é aquele que sabe persuadir e se utiliza de todos os  métodos da comunicação.

 

Como falar com a platéia

O pregador, entre outras coisas, deve falar de forma impessoal. Quando uma pessoa está pregando, ela representa a Trindade santíssima e também um grupo de pessoas (a igreja). O pregador é, de fato, o autor da mensagem, mas só deve entregar aquilo que Deus coloca em seu coração. Somente assim, pode ser considerado um instrumento de Deus.

 Para isso, deve abandonar alguns termos usados no dia-a-dia. O orador nunca pode utilizar a primeira pessoa (eu) para contagiar a platéia. Ele precisa evitar o uso de sua própria pessoa, porque pode dar a impressão de autovalorização de si mesmo. Afinal, o pregador evangélico não falar de si mesmo, mas de Deus. O uso dos termos gerais (senhores, senhoras, irmãos, irmãs e vocês) é aconselhável. Faz bem à platéia ouvir esse tipo de tratamento. A interação tem retorno e produz bons resultados.

 

Dinâmica na pregação

Em nossos dias, se fala muito de pregadores que sobem nos púlpitos sem nenhum preparo. Isso até pode ser verdade; mas, às vezes, o que acontece é que o pregador, ainda conheça o tema, não tem objetividade ou não conhece seus espectadores. Conhecer seu público alvo é um fator preponderante para qualquer orador. Para  isso, a necessidade da dinâmica na pregação para que o pregador atingir seus objetivos. Dinâmica aqui é o mesmo que didática. 

   

Objetividade

Antes de preparar a mensagem, o pregador precisa escolher um tema atraente. Deve, acima de qualquer coisa, centralizar o objetivo do sermão. Comumente, os discursos são para persuadir, ensinar e homenagear.

Geralmente, o orador utiliza a persuasão para atrair o público. O importante, em um sermão, é centralizar o alvo da mensagem. O pregador não deve misturar vários assuntos ao mesmo tempo, o que pode levá-lo a desviar-se do tema principal. 

 

Dicas aos pregadores

 

Nunca fazer uma segunda e auto-apresentação;

Nunca manter a mão no bolso ou na cintura o tempo todo;

Nunca molhar o dedo na língua para virar as páginas da Bíblia;

Nunca limpar o nariz, cocar-se, exibir lenços sujos, arrumar o cabelo ou a roupa;

Nunca usar roupas extravagantes;

Nunca fazer gestos impróprios;

Nunca usar esboços de outros pregadores, principalmente sem fonte;

Nunca contar gracejos, piadas ou usar vocabulário vulgar;

Nunca ler o texto sentado. Deve fazer a leitura sempre em pé;

Nunca deve pedir desculpas, pois começa derrotado (não confundir com humildade);

Nunca chegar atrasado.

 

Fonte ICP

 

Pastor Muller

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