NOMES E TÍTULOS DA PESSOA DE CRISTO
JESUS:
Seu nome era Yeoshua (Jesus). Sua mãe chamava-se Miriam (Maria), casada com Yussef (José), que era carpinteiro. Logo na infância, fora morar em Nazaré, cidade isolada nas montanhas da Galiléia, próxima da movimentada estrada que ligava Mesopotâmia ao Egito. Ali ele viveu e cresceu. Um judeu entre os judeus. Aparentemente, um homem entre os outros homens. Em Roma, reinava Tibério; na Galiléia, Herodes. Com seus “dentes de ferro”, Roma continuava conquistando terras, sem imaginar que ali estava uma força, muito superior à sua, que conquistaria mais vidas do que as sete colinas jamais sonharam. Um poder contra o qual o Império Romano empenharia toda a sua força para destruir, para depois cair vencido de joelhos. Ali estava um homem que, de forma maravilhosa e espantosa, colocaria seu nome acima de todo nome. Um homem que se apoderaria das vidas, dos corações e das mentes. Um homem que era muito mais do que um homem. Alguém de quem sempre falaram as profecias e os profetas — Jesus de Nazaré, o Messias !!!
Como tudo em sua vida, seu nome também não foi um acaso. Foi dado pelo anjo a José, para que fosse colocado nele. Embora fosse um nome de certa forma comum em sua época, seu significado, “O Senhor é Salvação”, cabia a Ele mais do que a qualquer outro. “Porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados”, (Mt 1.21).
CRISTO:
Cristo era o termo grego equivalente ao nome hebraico Messias, cujo significado é “Ungido”. Embora o conceito de ser um ungido do Senhor era muito comum em toda a história de Israel, trata-se de “O UNGIDO”, com letra maiúscula, o ungido por excelência. Logo, a palavra Cristo foi acrescentada ao seu nome, passando a posteridade como Jesus Cristo. (Jo 4.26-26)
FILHO DO HOMEM:
Filho do Homem era primeiramente um título messiânico. Fora usado por Daniel com referência a um que viria nas nuvens, interpretado como sendo o Messias. (Dn 7.13)
Nos Lábios de Jesus, porém, o título vai mais longe, identificando o Messias com a própria humanidade. A palavra “filho” é um hebraísmo, uma forma própria de expressão dos semitas que identifica as qualidades de uma pessoa. Por isso, uma série de expressões é usada com a palavra filho: “filhos do reino” (Mt 8.12); “filho da perdição” (Jo 17.12); “filhos da ressurreição” (Lc 20.36), e assim por diante.
Por meio do título “Filho do Homem”, o Filho de Deus, Jesus, que, por natureza, não era homem, ressaltou este aspecto de sua natureza. Sua identificação foi quase completa, excluindo somente seu nascimento virginal e sua vida imaculada.
FILHO DE DEUS:
Por nascimento
Jesus foi o Unigênito (Jo 3.16), ou seja, o único gerado. Qualquer outro ser no universo que receba o título de filho de Deus só o será em um sentido relativo, como no caso dos anjos (Jó 38.7), de Adão (Lc 3.38) e do nosso próprio, da nova aliança, que fomos adotados (Rm 8.15). Jesus o é em um sentido, absoluto.
A filiação divina no sentido exclusivo de Jesus dava-lhe natureza semelhante à de Deus. Para os líderes religiosos de sua época, isto ficou muito claro. É evidente que eles conheciam a designação “Filho de Deus”. Mas a maneira como Jesus a usou escandalizou seus contemporâneos, porque o colocava em pé de igualdade com o Pai (Jo 5.18 ; 10.33).
Alguns querem argumentar que o fato de Cristo ser Filho de Deus e gerado por Ele confere-lhe, um princípio, anulando, assim, sua eternidade e, por consequência, sua divindade. Todavia, é necessário analisar teologicamente o termo “Filho”. No contexto das pessoas divinas (Trindade), ele é utilizado apenas como analogia, e não como descrição exata entre a primeira e a segunda pessoas. Se quiséssemos, no entanto, tomar as palavras “filho” e “gerar” com sentido literal, teríamos então de supor que a divindade engravidara ou tivera uma mãe para que o ocorresse a concepção. Logo, os termos apenas ilustram verdades divinas por comparação. Por isso o credo de Atanásio o coloca como “Eternamente Gerado” .
No sentido messiânico
Em certo sentido, homens como Davi ostentaram o título de filho de Deus. Mas esta designação aparece em passagens de conteúdo messiânico, ou seja, eram passagens que, embora se referissem à aliança de Deus de Deus com Davi, apontava, porém, para o seu sucessor futuro – Cristo (II Sm 7.14 ; Sl 89.27 – Sl 2.7,12).
SENHOR:
Este termo reflete pelo menos a respeito de Jesus: divindade, exaltação e soberania.
Deidade: Quando Jesus faz referência ao Salmo 110 proferido por Davi, ele deixa bem claro que o título Senhor ali utilizado ia bem além da mera monarquia humana (Mt 22.41 – 46). Se Davi chamava de Senhor alguém que estava diante de Deus, com certeza não era mero governante humano.
Soberania: Este título mostra seu domínio efetivo sobre tudo. Hoje, este domínio é voluntário. Futuramente, será reconhecido por todos os seres conscientes do Universo (Fl 2.9,10,11)
Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome;
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Pastor Muller