O princípio da homilética
O surgimento dos meios de comunicação
A comunicação faz parte das sociedades humanas desde os seus primórdios. A palavra foi o primeiro veículo de comunicação (é antes do telex, do rádio, da televisão, das mensagens via satélite e da Internet) e pode ser compreendida de várias maneiras: sinais (símbolos gestuais), fala (símbolos sonoros) e escrita (símbolos gráficos). Ou por métodos visuais.
A voz é um prodígio do sistema nervoso humano. Por meio da voz, da fala, o homem, dotado de raciocínio e inteligência, pôde criar inúmeros meios de comunicação. É por esse meio que consegue estabelecer diálogos, formular pensamentos e condicionar suas emoções, e tudo isso relacionado às suas características psicológicas.
Como um ser sociável, o homem, finalmente, passou a viver e a conviver em grupos, tendo de recorrer ao diálogo para sua sobrevivência e comunicação entre si. A voz tornou-se um feito comunitário.
A palavra possui duas características fundamentais: a física (som), chamada de expressão (palavra que faz parte de uma língua), e a pensativa, que recebe o nome de marco (limite, relação entre tempo e espaço). Nos primórdios da existência humana, a palavra tinha um significado nominativo; ou seja, as pessoas não a consideravam de extrema importância, mas, sim, um simples objeto. Com o avanço do homem ao conhecimento, a palavra passou a figurar como uma idéia sofisticada, o que fez surgir o raciocínio completo. De sílabas, ela evoluiu para frases, até chegar à construção gramatical.
Entretanto, foi a extrema necessidade do homem de dar nomes ao mundo à sua volta, organizando sua vida, que possibilitou o desenvolvimento da comunicação verbal, fundamentado na palavra: “Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea” (Gn 2.19,20).
Fonte ICP
Pastor Muller