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Psicanálise
Psicanálise

1. O que é a psicanálise?

Embora não haja um consenso sobre a gênese (origem) exata do
conceito dentro do contexto histórico, coube a Sigmund Freud a titulação de
fundador da Psicanálise na passagem do século XIX para o século XX. Seus
feitos, conceitos e ideias estão presentes nas discussões do campo
psicanalítico até hoje, o que trouxe profunda influência para o desenvolvimento
de inúmeras linhas de estudos desde sua concepção.

Conceitualmente o termo psicanálise é utilizado para se referir a um
constructo teórico baseado nos preceitos da hermenêutica (campo de estudo,
que tem por referência, a explicação que compreende os sentidos implícitos, ou
seja, possui um caráter investigativo que busca a interpretação do que está
além do objeto). Nesse sentido, a psicanálise pode ser considerada um campo
teórico e um método de investigação, que culminam em uma prática clínica
dotada de técnicas específicas.

 

Portanto, a psicanálise é relacionada à hermenêutica: explicação que
compreende os sentidos implícitos e busca a interpretação do que está além do
objeto.

Enquanto teoria pode ser caracterizada por um conjunto de
conhecimentos sistematizados sobre a estrutura e o funcionamento da vida
psíquica, bem como sua repercussão na vida do sujeito. Como método

Quem nunca se viu repetindo comportamentos que havia prometido deixar para trás? Ou fazendo coisas que prejudicam a si mesmo, por mais irracional que isso pareça? Quantas vezes você se espantou com uma palavra fora de contexto que saiu no meio de uma frase? E sonhos bizarros, quem não tem?

Todas essas situações, sem relação aparente entre si, podem ser explicadas pela existência de uma única instância psíquica, que subverte nossas intenções e vontades: o inconsciente. A humanidade deve a Sigmund Freud essa descoberta. Apesar das transformações sociais, culturais e tecnológicas dos últimos 120 anos, o método psicanalítico criado por Freud para lidar com o mal-estar inerente à condição humana segue atual. 

Ao criar esse novo campo do conhecimento, Freud desenvolveu diferentes conceitos teóricos para sustentar suas pesquisas. Confira a seguir os termos essenciais da psicanálise:

Inconsciente
Freud demonstrou que a maior parte da vida psíquica se desenrola sem que tenhamos acesso a ela. Ali se encontram principalmente ideias reprimidas que aparecem disfarçadas nos sonhos e nos sintomas neuróticos.

Ego
A parte organizada do sistema psíquico que entra em contato direto com a realidade e tem a capacidade de atuar sobre ela numa tentativa de adaptação. O ego é mediador dos impulsos instintivos do id e das exigências do superego.

Id
Fonte da energia psíquica, é formado por pulsões e desejos inconscientes. Sua interação com as outras instâncias é geralmente conflituosa, porque o ego, sob os imperativos do superego e as exigências da realidade, tem que avaliar e controlar os impulsos do id, permitindo sua satisfação, adiando-a ou inibindo-a totalmente.

Superego
É formado a partir das identificações com os pais, dos quais assimila ordens e proibições. Assume o papel de juiz e vigilante, uma espécie de autoconsciência moral. É o controlador por excelência dos impulsos do id e age como colaborador nas funções do ego. Pode tornar-se extremamente severo, anulando as possibilidades de escolha do ego.

Pulsão
Conceito situado na fronteira entre o psíquico e o somático. A pulsão é a representante psíquica dos estímulos que se originam no organismo e alcançam a mente. É diferente do instinto, pois não apresenta uma finalidade biologicamente predeterminada, e é insaciável, pois tem relação com um desejo, e não com uma necessidade.

Sonhos
Caminho de ouro para o acesso ao inconsciente. A interpretação do conteúdo dos sonhos revela desejos e percepções que de outro modo não chegariam à consciência.

Complexo de Édipo
Entre dois e cinco anos, aproximadamente, a criança desenvolve intenso sentimento de amor pelo genitor do sexo oposto e grande hostilidade pelo do próprio sexo. Tais sentimentos geralmente são vividos com grande ambivalência. O conflito costuma declinar por volta dos cinco anos, e uma boa estruturação da personalidade depende de sua resolução satisfatória.

 

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